A obra de Millôr Fernandes, multifacetada, está
dividida entre diversos gestores diferentes. Essa parte que vai para o
Instituto Moreira Salles (IMS) é apenas a que compreende a arte gráfica do
artista.
Mas Millôr produziu muito. Em literatura, por
exemplo, ele possui 21 "livros vivos" (ainda em catálogo, e 130
livros não encontráveis, fora de catálogo). Enquanto vivo, Millôr foi um autor
meio cigano e sua obra acabou espalhada por aproximadamente 18 editoras. Hoje,
quem cuida dessa parte literária é a agente Lucia Riff, da Agência Riff, que
organiza reedições e edições de inéditos.
A Agência Riff foi uma das primeiras empresas do
ramo literário no Brasil e assumiu o trabalho no ano passado. "Achava que
conhecia a produção do Millôr mas continuo me emocionando com o que
encontro", disse Lucia, ao tomar contato com o legado.
Ela contou que já tinha feito uma primeira tentativa
de agenciar Millôr, quando este ainda era vivo. "Ele foi de uma gentileza
enorme, me presenteou com livros, mas percebi o seguinte: ia ser fácil ganhar o
amigo, não o cliente. E desisti. O próprio Millôr não via a própria obra como
um conjunto que pudesse ser reintroduzido ao público."
Já a produção para o teatro, que foi deixada pelo artista
sob os cuidados da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (Sbat), hoje foi
passada para a administração da Associação Brasileira de Música e Artes
(Abramus).
Fonte: Estadão
Fonte: Estadão
1 comentários:
que legal! só li alguns trechos curtos dele, e a produção parece ser bastante extensa e interessante...
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