24/03/2012

Capa do livro O Oitavo Pecado




Apresentando, a capa do livro O Oitavo Pecado de Adriana Vargas Aguiar (autora de O Voo da Estirpe), pelo designer, André Siqueira. Nessa capa da para ver que a Editora Modo deu mais um show mostrando que esse é o forte da editora.

Abaixo segue a entrevista que a Adriana realizou com o blog Tribo do Livro:



  Olá, Índios

Atualmente sabemos que algumas editoras estão apoiando o surgimento de novos autores. Tais autores já escrevem há muito tempo, porém nunca conseguiram o apoio necessário para suas publicações. Pensando nisso a Tribo do Livro resolveu entrar em contato com esses novos talentos, assim sendo nossa primeira entrevistada é a escritora Adriana Vargas Aguiar, que terá em meados do próximo ano dois de seus livros publicados. Ela vai nos contar um pouco de tudo na entrevista abaixo:

TL: Oi, Adriana, sabemos que é um clichê perguntar isso, mas os leitores sempre querem saber. Quando você soube que queria ser escritora?

Adriana: Eu soube quando ganhei o meu primeiro concurso literário aos oito anos de idade e não tinha a menor noção do que estava acontecendo, pois até a ocorrência deste evento, escrevia somente para extravasar a imaginação infantil. Daí em diante, passei a escrever com mais frequência, guardando os textos embaixo do colchão, pois os sonhos dos meus pais em relação a mim, eram outros e mesmo assim, nunca parei de escrever, mesmo de modo escondido.

TL: Como você vê  atualmente a  Literatura Brasileira Contemporânea com muitos autores sendo lançados?

Adriana: É uma festa literária! Fico muito feliz, porém faz-se necessário observar se este segmento é a literatura viva expressando-se no sangue brasileiro ou trata-se de um modismo emergente, pois existem muitos autores que escrevem por serem escritores natos, e outros porque acham isso bonito. No último caso, pode complicar mais ainda o relacionamento do verdadeiro novo autor com as editoras tradicionais, que percebendo este movimento, torna-se muito mais criteriosa para a avaliação de originais, ressaltando o fato que na maioria das vezes os originais nem são lidos devido à “miscigenação” literária (autores natos e autores do modismo) que se forma através da grande demanda de livros a serem publicados.

TL: O Voo da Estirpe é seu primeiro livro que será lançado. Qual  a sua expectativa quanto a isso?

Adriana: Junto com O Voo da Estirpe, será lançado também o Oitavo Pecado, ambos com uma resposta positiva da Editora Italiana Garcia Edizioni que está com processo de implantação editorial no Brasil. Tal editora tem o foco direcionado aos novos autores e o acolhimento a esses é feito de modo muito bacana e diferente das outras editoras. Acredito que as minhas expectativas passaram por um estado de amadurecimento e transformação. No início, quando recém havia terminado o livro, passava o dia inteiro enviando os originais à toda e qualquer editora. Isso me causava desespero, pois imaginava o processo editorial de outro modo, quando na verdade aprendi que autores publicados, são autores que possuirão seus livros mais tratados (revisados, diagramados) e com uma pré-disposição a serem oferecidos no mercado. Agora... Uma coisa é ser oferecido e outra coisa é ser vendido. Vendo os fatos de modo bem realista – sou nova autora, inexperiente, desconhecida e sem pretensão de ficar rica a base da venda de meus livros, pois sei que vivo em um país pobre de iniciativas culturais e literárias, e que apenas 10% de sua população têm acesso à leitura diária. Vendo por este lado, publicação para mim, é satisfação do meu ego e segurança para apresentar meus livros de um modo melhor aos leitores. Machado de Assis demorou 20 anos para ser reconhecido. Outros fenômenos literários foram reconhecidos apenas após a sua morte. Diante disso, preciso todos os dias exercitar algo – escrevo sem esperar reconhecimento. Escrevo porque isso me faz bem.

TL: Qual sua inspiração para escrever a história de Klaus e Clarice?

Adriana: Legal esta pergunta! A inspiração de cada um é independente uma da outra. Klaus inspirou-me no melhor de cada um dos homens que passaram pela a minha vida. Clarice foi inspirada em um amigo meu (gay); uma pessoa totalmente diferente de todas as outras que conheci. 

TL: Por que O Voo da Estirpe, qual o sentido amplo e o particular para o título do livro?

Adriana: Significado de estirpe - Ascendência; raça, linhagem. O livro é o voo de tudo isso, ou seja, evolução. O único motivo particular para se querer voar com o livro durante a escrita foi o fato de ter sofrido um derrame (AVC) neste período e precisei buscar forças em algo, pois estava com meu rosto completamente deformado pela paralisia. Tinha perdido o movimento do lado esquerdo do meu corpo. Perdi o meu trabalho que amava, em um escritório de advocacia e fui abandonada por meu marido. O desejo de sobreviver a tudo que estava acontecendo era sobrenatural e este livro salvou a minha vida, mostrando-me a direção; ensinou-me a voar.

 TL: Você acredita que os blogs ajudam na divulgação ou não de um livro?
Adriana: Não só acredito como são as únicas fontes de divulgação que realmente funciona. Editoras sem blog literário são meras editoras. Os blogs são os mensageiros e difusores da literatura no Brasil.

Jogo Rápido:Uma cor: Preta
Uma flor: Miosótis
Uma música: Elefant Gun de Beirut
Um livro: Inscrito no corpo - Jeanette Winterson
Um filme: Sons do coração
Viagem dos sonhos: Fernando de Noronha
Maior desejo: escrever até o último dia de minha vida


Frase: Se for para vir, que venha com os braços abertos, sem medo, sem regras; pronto para pular da ponte.

Entrevista cedida com autorização do blog Tribo do Livro e com o consentimento da escritora Adriana Aguiar.

4 comentários:

Obrigada pelo carinho, apoio e divulgação de meu trabalho.
Um grande abraço,

Adriana Vargas.

Lindas: a capa, a escritora e a editora. Parabéns, Adriana.

Olá,
A cada entrevista admiro mais esta autora, centrada, realista e que sabe exatamente o que quer.
Parabéns Adriana Vargas.

Parabéns a Adriana, sua criatividade transcende!