A história de Susie Salmon, quando começa a se desvelar
na sua frente, faz os compromissos, assim como os amigos, a família, a fome, o
sono e até o celular tocando, parecerem bem pouco interessantes e menos
urgentes. Os ossos do título em inglês
não são os restos de Susie, a menininha que conta a história depois de morta. São a estrutura sobre a qual a vida é
construída.
Outra audácia é a de colocar Susie Salmon no céu. Sim, é
para cima que vai nossa protagonista. E é para baixo que ela olha, com olhos atentos,
enquanto conta a história de sua família, agora traumatizada, de como seu
assassino planeja os detalhes minuciosamente para não ser descoberto, de como a
polícia não tem nenhuma pista sobre como chegar a ele.
A partir daí ela conta que, por estar inconformada com
sua morte precoce, e um tanto entediada com a vida no Céu, decidiu acompanhar
como sua família, amigos e o próprio assassino continuaram suas vidas após a
tragédia.
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