24/02/2012

Ressurreição


Ressurreição dá sequência à O Domínio e realmente não deixa nada a desejar. O foco agora está nos gêmeos Gabriel, Jacob e Immanuel, e em Lilith. Os três estão unidos não apenas por uma profecia, mas também por outros sentimentos. Nos primeiros capítulos acompanhamos não só o nascimento dos personagens como também as intrigas políticas que os cercam. 


A narrativa continua dinâmica e bem organizada, os personagens possuem toda aquela carga emocional por carregar o peso da salvação do mundo em suas costas. Manny, porém, não poderia ser mais diferente de Jacob. Ele não está interessado se terá que ir à Xibalta salvar o pai, Manny quer ter uma vida normal, sair e ter amigos, enquanto seu irmão se esforça para avançar com rapidez em seu treinamento e conseguir entrar em contato com o pai. 





Mike, apesar de estar tecnicamente morto, é um personagem presente na trama, sempre conversando com Jacob – ou mostrando o quanto está frustrado. Lilith também é uma personagem peculiar, seu avô insuportável nos faz ter um sentimento de solidariedade com ela, e mesmo quando tentamos não gostar, o sentimento que ela nutre por Jacob acaba derrubando nossas barreiras. 


Steve Alten consegue manter o alto nível de informações e continua a nos bombardear com perguntas que nem sempre lembramos e que se pararmos para pensar, perceberemos estar cheios de dúvidas. Afinal, é a dúvida, a questão não resolvida é o que faz o ser humano continuar. Ressurreição cumpre bem o seu papel, nos instiga e tem um final realmente bom.  O que mais posso dizer? Bem, que venha o terceiro livro e vamos esperar por mais um pouco da cultura maia, sempre muito bem explorada pelo autor.

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