O Pequeno Príncipe

Nesta última quarta-feira fui à casa de meus primos para assistir ao jogo Coritiba x São Paulo pela semifinal da Copa do Brasil, infelizmente o tricolor perdeu, mas lá tinha um livro que fui “convidado” a ler. O nome do livro era O Pequeno Príncipe e foi o livro que eu li mais rápido na vida =D

Sinopse:

“Há seis anos, sofri uma pane no deserto do Saara. Alguma coisa se quebrara no motor. E como não trazia comigo nem mecânico nem passageiros, preparei-me para executar sozinho aquele difícil concerto. Era para mim questão de vida ou morte. A água que eu tinha para beber só dava para oito dias.

Na primeira noite adormeci sobre a areia, a milhas e milhas de qualquer terra habitada. Estava mais isolado que um naufrago num bote perdido no meio do oceano. Imaginem qual foi a minha surpresa quando, ao amanhecer, uma vozinha estranha me acordou. Dizia:

- Por favor... desenha-me um carneiro!

Levantei-me num salto, como se tivesse sido atingido por um raio. Esfreguei bem os olhos. Olhei ao meu redor. E vi aquele homenzinho extraordinário que me observava seriamente. Olhava para essa aparição com os olhos arregalados de espanto

Não se esqueçam que me achava a milhas e milhas de qualquer terra habitada. Quando consegui finalmente falar, perguntei-lhe:

-Mas... o que fazes aqui¿

E ele repetiu, então, lentamente, como se estivesse dizendo algo muito sério:

-Por favor... desenha-me um carneiro.

E foi assim que conheci, um dia, o pequeno príncipe.”

Resenha:

Um livro facílimo de ler, com vários desenhos feitos pelo próprio autor, e que em minha opinião, todos devemos ler. Antoine de Saint-Exupéry conta-nos como o narrador desta história conheceu o pequeno príncipe, uma criança simples, inocente e de outro mundo.

Desmotivado por parentes e amigos para desistir dos seus desenhos por causa do seu primeiro desenho: uma cobra que engoliu um elefante que era sempre confundido com um chapéu, o narrador torna-se piloto. Um dia ao sobrevoar o deserto do Saara um problema no motor o obriga a fazer um pouso de emergência no meio do nada. Sem passageiros no avião o serviço de concertar o motor fica só para o narrador (seu nome não é revelado durante o livro). Com oito dias para realizar o concerto, devido a sua água que era pouca, o narrador se põe ao trabalho e é ao acordar na manhã seguinte que ele vê pela primeira vez o pequeno príncipe.

Achei esse livro bom (três estrelas no Skoob) porque ele trata de um assunto muito pouco abordado pelo mundo literário: o momento que deixamos de sermos crianças. O pequeno príncipe nos “abre os olhos” falando sobre as pessoas grandes (termo que ele usa para adultos) querem sempre ter mais e mais sendo que o que elas realmente precisam está ou sempre esteve com eles.

Lendo nós paramos para pensar no que realmente precisamos para sermos felizes, pensamos nos sonhos que tínhamos quando éramos crianças e no porque de termos os abandonados. Eu quando era pequeno queria ser policial e hoje nem penso mais nisso. O que você queria ser quando era criança? Por que não quer ser mais depois de ser uma pessoa grande?

Outro ponto abordado pelo pequeno príncipe é sobre a questão dos números. Contentamo-nos demais apenas ao saber o valor ou o tamanho das coisas sem realmente ver o que é belo nelas. Um exemplo que o próprio pequeno príncipe dá é muito bom: “se uma pessoa contar “comprei uma casa roxa!” as pessoas não darão atenção nenhuma, mas se a pessoa chegar e falar “comprei uma casa de trinta mil reais” ai sim os outro darão valor.

No Skoob lhe dei três estrelas, bom, porque não acho que mereça mais que isso já que não faz meu gênero de leitura, mas é um livro que recomendo todos a lerem. Para quem compra livros pela capa talvez não se interessem muito porque é um livro com capa de livros para crianças, mas este é um verdadeiro exemplo de que não se deve julgar nada sem antes conhecer ;)

Abraços a todos e até a próxima =D