Para quem acha que os mortos-vivos só existem nos livros e
filmes de terror, Max Brooks avisa: eles são reais e estão entre nós. Em O
guia de sobrevivência a zumbis, o escritor – filho do comediante Mel Brooks e
ex-integrante da equipe de redatores do programa Saturday Night Live –
faz uma paródia dos guias de sobrevivência convencionais e expõe a paranóia
coletiva que tomou conta do mundo, em especial dos Estados Unidos, na era Bush.
Sem recorrer ao humor de forma direta, o autor adota um tom científico que lhe
permite pregar uma grande peça nos leitores desavisados.
De início, Brooks explica que os zumbis não são fruto de
magia negra ou de alguma outra força sobrenatural. A origem dessas criaturas
estaria num vírus chamado Solanum, que agiria na corrente sangüínea, destruiria
as células do lobo frontal do cérebro e provocaria uma mutação no organismo
invadido, transformando o hospedeiro em um morto-vivo. O autor ainda descreve
os sintomas da infecção, as formas de contágio e os possíveis tratamentos.
Os leitores aprenderão a reconhecer um zumbi por suas
características físicas e seus padrões de comportamento, além de identificar os
níveis de intensidade dos ataques feitos pelos mortos-vivos. O livro também
aponta os meios de descobrir uma invasão antes que seja tarde demais, dá
sugestões de armas e técnicas de combate e ensina a proteger sua casa desses
visitantes indesejados. Para completar, há uma lista de locais públicos que
podem ou não servir de refúgio em uma emergência.
No capítulo dedicado à fuga, O guia de sobrevivência a
zumbis descreve os erros mais comuns de quem tenta escapar e mostra os
cuidados a serem tomados para evitar a morte ou uma possível captura. São
listados os meios de transporte adequados, as formas de planejar a jornada, o
equipamento que deverá ser levado e as regras de comportamento para cada tipo
de terreno.
Ao longo das páginas, Max Brooks utiliza desenhos, dados de
pesquisa e relatos de supostos ataques, com o objetivo de alertar as pessoas
sobre a existência dos zumbis. Ainda há espaço para uma espécie de diário, no
qual os leitores poderão registrar acontecimentos suspeitos com data, hora e
local dos fatos, bem como anotar as medidas que forem tomadas. Segundo o autor,
falta pouco para a guerra entre zumbis e humanos começar. Quem não quiser
morrer deverá estar bem preparado e disposto a lutar.
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